domingo, 8 de abril de 2012

POESIA OCULTISTA 1

... Abre-me o sonho
Para a loucura a tenebrosa porta,
Que a treva é menos negra que essa luz
O terror desvaria-me, o terror
De me sentir viver e ter o mundo
Sonhando a laços de compreenção
Na minha alma gelada.
A qualquer modo todo escridão
Eu sou supremo.Sou o cristo negro
O que não crê, nem ama _o que só sabe
 O mistério tornando carne_.
[...]
O abstracto ser [em sua] abstracta ideia 
Apagou-se, e eu fiquei na noite eterna.
Eu e o mistério_ face a face...

(Fernado Pessoa)

Nenhum comentário:

Postar um comentário